A hipertensão arterial consiste em uma condição clínica multifatorial, geralmente não associada a sintomas, caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos sistólicos ≥ 140 mmHg e/ou diastólicos ≥ 90 mmHg
A hipertensão arterial acontece quando a pressão arterial está igual ou acima de 140 mmHg, a máxima, por 90 mmHg, a mínima, ou seja “14 por 9”. Quando a pressão está em torno de 120 por 80 mmHg, ou “12 por 8”, está no limite normal.
Lembre-se de que o diagnóstico da hipertensão arterial deve ser feito por um médico.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a hipertensão arterial sistêmica afeta uma em cada 4 pessoas no Brasil. Além disso, está presente na vida de 5% das crianças. No entanto, é na população acima de 60 anos que a hipertensão está mais presente, afetando aproximadamente 50% dos idosos.
A doença é responsável por 80% dos acidentes vasculares encefálicos (AVC), 40% dos infartos e 25% da insuficiência renal. Atingindo rins, coração, cérebro e vasos sanguíneos, a hipertensão arterial sistêmica afeta a longo prazo esses vasos, causando o endurecimento, estreitamento e até mesmo seu rompimento.
Fatores de risco
- Idade: Homens > 55 anos e mulheres > 65 anos
- Tabagismo
- Dislipidemias
- Diabetes mellitus
- Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²)
- Consumo de álcool
- Síndrome da apneia obstrutiva do sono
- Síndrome metabólica
- Sedentarismo
- Hábitos alimentares, como o consumo excessivo de sódio e cafeína
- Sinais de ansiedade, depressão ou problemas sociais relevantes
- Uso de substâncias ilícitas
Sintomas
A hipertensão arterial sistêmica não apresenta sintomas na maioria das pessoas. No entanto, erroneamente, alguns sintomas são amplamente atribuídos à hipertensão, como dores de cabeça, tontura, fadiga, rubor facial e sangramento nasal.
Entretanto, quando não tratada, a hipertensão arterial de longa duração pode causar sintomas devido à lesão no cérebro, coração, olhos e rins. Entre eles, estão inquietação, falta de ar, náusea e vômito.
A hipertensão grave também pode causar o inchaço do cérebro, provocando, além de fortes dores na cabeça e vômito, sonolência, confusão, convulsão e até coma. Pode ainda aumentar a carga de trabalho do coração, causando dores torácicas e falta de ar.
Complicações
A hipertensão arterial sistêmica, quando não tratada, pode causar danos ao coração e vasos sanguíneos, aumentando riscos para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, demência vascular, insuficiência renal e ataque cardíaco. Caso seja prolongada, o coração pode, com o tempo, aumentar seu tamanho, tornando suas paredes mais espessas a fim de trabalhar com mais força para bombear o sangue.
Por serem mais rígidas que o normal, as paredes espessas não permitem que as câmaras do coração se expandam, impedindo que ele se encha de sangue com eficiência e causando déficit em seu trabalho, ao aumentar a carga. Além desse espessamento dos vasos, a hipertensão torna propenso o desenvolvimento do enrijecimento das artérias, chamado de aterosclerose.
Diagnóstico
O diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica é realizado por meio da aferição da pressão arterial. A maneira mais comum é durante a consulta médica. Além disso, a hipertensão pode ser diagnosticada pelo uso de aparelhos que realizam a medição por 24 horas (MAPA), indicados pelo endocrinologista quando existe a suspeita de oscilação da pressão.
Se você já tem diagnóstico de hipertensão:
Faça acompanhamento médico regularmente, não modifique a sua medicação por conta própria.
Para prevenir o desenvolvimento e as complicações da hipertensão:
- Controle seu peso: quanto mais peso, maior o risco de pressão alta.
- Reduza o consumo de bebidas alcoólicas para não mais que 1 dose/dia.
- Para mulheres: evite o uso de anticoncepcional oral.
- Não fume e evite ambientes onde se fuma.
- Alimente-se de forma saudável: reduza o consumo de sal, prefira utilizar outros temperos naturais para realçar o sabor. Evite temperos à base de sal, como aqueles prontos, em cubos, pós, molhos no preparo, assim como você não deve acrescentar sal nas refeições prontas. Aumente o consumo de frutas ao incluí-las no lanche. Aumente o consumo de verduras e legumes no almoço e no jantar. Consuma alimentos integrais (pão, massa, arroz). Consuma leite desnatado e outros produtos lácteos diariamente. Arroz e feijão é a combinação perfeita para consumo adequado de fibras, inclua sempre que possível no seu cardápio. Reduza o consumo de carne vermelha, consuma peixe sempre que possível. Consuma nozes e castanhas nos lanches. Reduza e evite consumir alimentos industrializados.
- Seja uma pessoa ativa, pratique atividade física regularmente: de 20 a 30 minutos de exercícios, 3 vezes na semana.
- Tome suas medicações diariamente, conforme recomendação médica.