Envelhecimento Saudável

Saúde mental do idoso

Mens sana in corpore sano  (“uma mente sã num corpo são”) é uma citação latina que traduz o desejo da longevidade. Sabemos que corpo e mente estão ligados profundamente, e o bom funcionamento de ambos depende dessa ligação e reciprocidade. Ter saúde mental é administrar bem as diversas emoções que todos possuímos. É criar mecanismos com o intuito de gerar felicidade e bem-estar. 

Cuidar da saúde mental é um hábito que deve acompanhar todas as fases da vida, mas pode se tornar ainda mais importante em momentos de adaptações, como acontece na terceira idade. As limitações e os sentimentos trazidos pelas transformações do processo natural de envelhecimento podem desencadear sensações desafiadoras. 

A perda de pessoas próximas, as mudanças corporais, algumas limitações físicas e/ou mentais, perda da autonomia e medo da solidão podem gerar algumas emoções negativas, como ansiedade, solidão, tristeza, sentimentos de exclusão e incapacidades que podem se tornar problemas mais graves como depressão.  Em tempos de isolamento social, isso pode se intensificar ainda mais.

Muitas vezes, alguns sinais são silenciosos, e a percepção de alterações pode ser mais complexa, por isso é importante estar atento ao comportamento dos idosos para perceber quaisquer desses indícios precocemente. São eles:

  • Irritabilidade constante 
  • Afastamento 
  • Choros e falta de ânimo
  • Falta de vontade ou energia para realizar atividades diárias
  • Mau humor e atitudes mais grosseiras ou até mesmo agressivas sem motivo
  • Recusa a se levantar da cama 
  • Esperar e falar muito da morte
  • Diminuição com cuidados de higiene
  • Mania de doenças sem causa aparente

Deve-se procurar ajuda especializada para tratamento e acompanhamento de todos os casos. Isso impactará diretamente na qualidade de vida do idoso.

 No Brasil, a prevalência de depressão entre as pessoas idosas varia de 4,7% a 36,8%. É um dos transtornos psiquiátricos mais comuns entre as pessoas idosas, e sua presença necessita ser avaliada. É mais prevalente em mulheres, pessoas idosas doentes ou institucionalizadas.

A presença de depressão entre as pessoas idosas tem impacto negativo em sua qualidade de vida de forma muito comprometedora. Quanto mais grave o quadro inicial, aliado à não existência de tratamento adequado, pior o prognóstico. 

As pessoas idosas com depressão tendem a apresentar maior comprometimento físico, social e funcional afetando seu dia a dia de forma completa.

Por isso, cabe à família e às pessoas próximas a observação e o cuidado constantes. Isso será indispensável para a detecção, intervenção e tratamento, o mais precocemente possível.

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